quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ministra: contra corrupção!

No final de 2011, a ministra Eliana Calmon da corregedoria nacional de justiça se viu desafiada a
combater algumas irregularidades que envolvem alguns magistrados: Como eu mesmo antecipei aqui nesse blog; tudo indicava que haveria uma retalhação contra Eliana Calmon! Agora grupos bem organizados preparam artilharia pesada que preocupa a Ministra e corregedora Nacional de Justiça.

Eliana Calmon ingressou no [CNJ] obstinada à combater a corrupção, ela chocou todos setores do judiciário ao declarar que há "bandidos" de toga, com isso passou à ser criticada por associações de juízes e magistrados.

A Ministra diz não se íntimidar com essas novas denúncias envolvendo o [CNJ] e vai enfrentar de cabeça erguida qualquer tipo de armação pessoal contra ela! Pois quem não deve não teme.

leia reportagem abaixo.


  "Eles não vão conseguir me desmoralizar”, disse a ministra e corregedora nacional de Justiça, alvo de juízes e também do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal



 Eles não vão conseguir me desmoralizar”, disse a ministra e corregedora nacional de Justiça, alvo de juízes e também do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal


No início da semana, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), no programa Roda Viva, da TV Cultura, foi para cima da ministra Eliana Calmon criticando seus poderes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Ela tem autonomia? Quem sabe ela venha a substituir até o Supremo”, disse.

Eliana Calmo chamou a atenção ao denunciar juízes que utilizam suas atribuições para proteger e acobertar diversos crimes e criminosos. Apesar de ter se tornado um alvo, a corregedora nacional da Justiça rebate as críticas e manda um recado a quem atravessar seu caminho : “Eles não vão conseguir me desmoralizar, isso não vão conseguir.”

Leia a entrevista de Eliane Calmon ao Estado de S. Paulo :

Estado: A sra. vai esmorecer?


MINISTRA ELIANA CALMON: Absolutamente, pelo contrário. Eu me sinto renovada para dar continuidade a essa caminhada, não só como magistrada, inclusive como cidadã. Eu já fui tudo o que eu tinha de ser no Poder Judiciário, cheguei ao topo da minha carreira. Eu tenho 67 anos e restam 3 anos para me aposentar.

ESTADO: Os ataques a incomodam?


ELIANA CALMON: Perceba que eles atacam e depois fazem ressalvas. Eu preciso fazer alguma coisa porque estou vendo a serpente nascer e eu não posso me calar. É a última coisa que estou fazendo pela carreira, pelo Judiciário. Vou continuar.

ESTADO: O que seus críticos pretendem?


ELIANA CALMON: Eu já percebi que eles não vão conseguir me desmoralizar. É uma discussão salutar, uma discussão boa. Nunca vi uma mobilização nacional desse porte, nem quando se discutiu a reforma do Judiciário. É um momento muito significativo. Não desanimarei, podem ficar seguros disso.


ESTADO: O ministro Marco Aurélio deu liminar em mandado de segurança e travou suas investigações. Na TV ele foi duro com a sra.

ELIANA CALMON: Ele continua muito sem focar nas coisas, tudo sem equidistância. Na realidade é uma visão política e ele não tem motivos para fazer o que está fazendo. Então, vem com uma série de sofismas. Espero esclarecer bem nas informações ao mandado de segurança. Basta ler essas informações. A imprensa terá acesso a essas informações, a alguns documentos que vou juntar, e dessa forma as coisas ficarão bem esclarecidas.

ESTADO: O ministro afirma que a sra. violou preceitos constitucionais ao afastar o sigilo de 206 mil investigados de uma só vez e comparou-a a um xerife.


ELIANA CALMON: Ficou muito feio, é até descer um pouco o nível. Não é possível que uma pessoa diga que eu violei a Constituição. Então eu não posso fazer nada. Não adianta papel, não adianta ler, não adianta documentos. Não adianta nada, essa é a visão dele. Até pensei em procura-lo, eu me dou bem com ele, mas acho que é um problema ideológico. Ou seja, ele não aceita abrir o Judiciário.

ESTADO: O que há por trás da polêmica sobre sua atuação?

ELIANA CALMON: Todo mundo vê a serpente nascendo pela transparência do ovo, mas ninguém acredita que uma serpente está nascendo. Os tempos mudaram e eles não se aperceberam, não querem aceitar. Mas é um momento que eu tenho que ter cuidado para não causar certo apressamento do Supremo, deixar que ele (STF) decida sem dizer, ‘ah, mas ela fez isso e aquilo outro, ela é falastrona, é midiática’. Então eu estou quieta. As coisas estão muito claras.

Fonte: Brasília 247
   

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