A presidenta Dilma Rousseff Abrirá evento que discutirá a nova classe média e os novos rumos para o desenvolvimento social, cerca de mais de 16,2 milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha da pobreza no País.
O centro de eventos e treinamentos da CNTC [CET] já se prepara para realizar a trigésima oitava plenária do conselho de desenvolvimento
Econômico Social.
Econômico Social.
Dia 08/08/2011 apartir das 08:30 segunda feira
SGAS 902-bloco c [ Próximo ao parque da cidade] Brasília [DF]
SGAS 902-bloco c [ Próximo ao parque da cidade] Brasília [DF]
Auditório sendo preparado para receber cerca de 600 pessoas.
A imagem mostra uma vista panorâmica da frente do prédio do CET.
O centro de eventos fica localizado ao lado do Parque da cidade no Plano Piloto de Brasília
Ótima localização para eventos de pequenos e grandes portes.
Um centro de evento discreto e de fácil acesso para transporte com várias saídas para o Aéroporto e rodoviária.
O CET ainda conta com uma ótimo salão para
Realização de feiras, exposições e diversas atividades.
Presidenta Dilma Rousseff participará de seminário da SAE sobre nova classe média A presidenta da República, Dilma Rousseff, fará a abertura do seminário Políticas Públicas para uma Nova Classe Média, que será promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), no próximo dia 8 em Brasília. O anúncio foi feito, nesta terça-feira (26/7), pelo ministro da SAE, Moreira Franco, durante a 38ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social(CDES),em Brasília
O evento busca traçar o perfil da classe média que cresceu 13,7% na última década, de forma a subsidiar o governo na definição de políticas públicas específicas para o setor e impedir que esse estrato da população regrida para a pobreza. “Queremos entender o protagonismo da nova classe média no quadro social brasileiro. Precisamos conhecê-la, saber quais são seus sonhos e aspirações, para pensar em políticas que possam impedir que esse ativo do país retorne à situação anterior”, frisou o ministro.
Na ocasião, Moreira Franco convidou os membros do conselho a participarem do evento, que reunirá autoridades e especialistas no assunto. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, na última década aproximadamente 39,5 milhões de pessoas entraram na classe C e 18 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema. Com isso, o Brasil tem hoje mais de 94 milhões de pessoas na Classe Média, o que corresponde a 50,5% da população.
fonte: Mariana Braga
A realidade socioeconômica do país mudou na última década e essa transformação propiciou o fortalecimento da classe C, gerando um acentuado crescimento na renda dos mais pobres. Esse fenômeno, que promoveu a entrada de 19 milhões de pessoas na classe média, vem também se tornando foco de atenções governamentais.
Com o intuito de conhecer essa nova classe média e compreender as consequências do seu desenvolvimento para o Brasil, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) vai promover no dia 8 de agosto, em Brasília, o seminário Políticas Públicas para uma Nova Classe Média, que tem por objetivo
O seminário contará com uma conferência de abertura proferida pelo ministro da SAE, Wellington Moreira Franco, e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, além de três mesas de debates comandadas por cientistas sociais dedicados aos diversos temas relacionados à nova classe média, como seus valores, contribuições para o país e desenhos de políticas públicas.
Temas como a classe média na América Latina, identidade e valores da nova classe média, desafios e oportunidades da nova classe média e desenhando políticas públicas voltadas para a nova classe média serão discutidos durante o evento.
A ideia é identificar lacunas e propor novas políticas que possam ser incorporadas as já disponíveis. Para isso, a SAE considera fundamental mapear as políticas de proteção e seguridade social existentes no país, examinar sua efetividade, e identificar aspectos no seu desenho que possam ser modificados para melhorar sua eficácia.
Há muito a fazer para tirar cerca de mais de 16,2milhões de pessoas
vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil.
O risco de retrocesso da nova classe média preocupa especialistas.
Fonte: Agência Estado.
A possibilidade de que os 39,5 milhões de pessoas que ascenderam à classe C na última década retrocedam para os estratos D e E da população preocupa governo, analistas políticos e economistas. Batizados de a nova classe média, esses milhões de novos consumidores - que correspondem à população da Argentina - injetaram dinamismo à economia brasileira e contribuíram para a expansão de novos negócios e investimentos no País. Além do apelo econômico, essa classe emergente também é vista como estratégica no aspecto político, pois seu apoio será fundamental para definir a eleição do próximo presidente da República.
"O desempenho econômico de um governo é o principal fator que turbina qualquer aprovação política e, consequentemente, o respaldo da maioria da população", afirma Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político e pesquisador da PUC e FGV de São Paulo. Na avaliação de Teixeira, é essa mesma classe média que ascendeu nos últimos anos que terá papel determinante em eleições majoritárias como a de sucessão presidencial em 2014. O governo de Dilma Rousseff está atento a este fato, tanto que a nova classe média será tema de debate na segunda-feira (8) em Brasília. O seminário "Políticas Públicas para Uma Nova Classe Média" contará com a presença de especialistas e autoridades, dentre elas a presidente Dilma.
De acordo com Ricardo Paes de Barros, titular da Secretaria de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) - órgão que está organizando o seminário - o objetivo do evento é discutir o perfil desse estrato da população "de forma a traçar políticas públicas específicas para o setor e impedir que a nova classe média regrida para a pobreza". Mas a preocupação maior do governo, segundo o secretário, é dar um "segundo empurrão" à nova classe média para que ela não recue. De acordo com o secretário, o primeiro empurrão foi dado pelo governo Lula e a nova administração deverá seguir nessa linha de atuação.
Um dos fatores de maior preocupação do governo é o risco de essa nova classe média perder fôlego pelas mesmas razões econômicas que a ajudaram na ascensão, já que ela é uma das mais vulneráveis à chamada volatilidade dos mercados. Economistas apontam que um dos pilares que permitiram a ascensão dessa classe foi o câmbio apreciado. Na avaliação de Luís Eduardo Assis e Marcelo Kfoury, ambos ex-integrantes dos quadros do Banco Central, muito do êxodo das famílias das classes D e E ocorreu em razão do processo de desvalorização do dólar frente ao real. Isso barateou os bens de consumo e facilitou o acesso das famílias a esses produtos.
Para Kfoury, hoje chefe do Departamento Econômico do Citibank, se por um motivo ou outro o dólar voltar a recuperar valor frente ao real, o poder de compra dessas famílias pode cair e a inadimplência, subir. Em cerca de dez anos, o dólar se desvalorizou em mais de 56%. No mesmo período, a classe média cresceu 13,7%. Com o dólar barato, o governo se viu menos pressionado. "Com o dólar mantendo a inflação baixa, o governo pôde soltar a economia para crescer", diz Eduardo Assis, ex-diretor de Política Monetária do BC. Ele lembra que, de 2009 para 2010, a taxa de câmbio média caiu quase 12%. Para 2011, mesmo com um cenário volátil, ele prevê que o câmbio médio anual continue a ajudar na contenção de preços.
Iniciativas - O governo admite estar preocupado com a possibilidade de um regresso da classe C para os estratos D e E, mas não concorda que o câmbio foi o principal motor do enriquecimento e aumento do bem-estar dessas pessoas no País. As autoridades governamentais citam várias iniciativas, como a política de valorização do salário mínimo e a elevação da massa de salários e da renda, entre outras medidas. O analista político da Tendências Consultoria Integrada Rafael Cortez concorda com essa avaliação. Segundo ele, a apreciação cambial foi muito importante para catapultar milhões de pobres à classe média, mas não foi a única responsável por este feito na última década, em especial nos últimos 21 meses, quando 13 milhões de pessoas ascenderam à classe C.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 94 milhões de pessoas compõem o total da chamada classe média brasileira, o que corresponde a 50,5% da população. "Há dois outros indicadores nesta conta: o aquecimento do mercado de trabalho, com a formalização de empregos combinada com a política contínua de ajuste real do salário mínimo no governo Lula, e o próprio crescimento do PIB", lista Cortez.
Para o professor e pesquisador de Desigualdade Social da Universidade de Juiz de Fora (UFJF) e doutorando em Sociologia pela Universidade de Berlim, Roberto Dutra, a responsabilidade pela ascensão social no Brasil na última década deve ser creditada ao aumento da renda do trabalho.
"Claro que a apreciação cambial impulsiona o consumo, mas a base econômica que sustenta o processo são o crescimento do emprego e o aumento da renda do trabalhador", diz o professor. "Num passado recente, a moeda nacional esteve muito mais apreciada do que agora e a ascensão social ficou travada", complementa Dutra, que será um dos palestrantes no seminário da SAE.
Educação. O titular da Secretaria de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), Ricardo Paes de Barros, disse, em entrevista exclusiva à Agência Estado, que uma das maiores preocupações do governo com a nova classe C está na definição de políticas públicas que assegurem a essas pessoas não apenas a manutenção do poder aquisitivo que adquiriram, mas também a inserção em novos patamares de progresso. "Algumas pessoas saíram da pobreza e chegaram à classe média baixa e, agora, querem continuar progredindo. Mas, com isso, elas vão se expor aos riscos de mercado", afirma Barros, complementando que os 39,5 milhões de pessoas que compõem a nova classe C estão inseridos agora em um ambiente econômico diferente do que estavam antes.
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