terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E o que tem feito o governo!!


Chuva deixa desalojados em Duque de Caxias (RJ); ao menos uma pessoa morreu


Hanrrikson Andrade
Do UOL, em Duque de Caxias (RJ)
Ruas do bairro de Xerém, em Duque de Caxias, ficam alagadas após forte chuva

"Ruas do bairro de Xerém, em Duque de Caxias, ficam alagadas após forte chuva

Cerca de 150 pessoas foram desalojadas pelas fortes chuvas que atingiram o bairro de Xerém, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), na madrugada desta quinta-feira (3), segundo informações da Defesa Civil. Um homem, encontrado na região da praça da Mantiqueira, morreu. Ele ainda não foi identificado.

Os desalojados foram encaminhados para abrigos no município. Havia a informação de que uma represa na região se rompeu. "Não há indício deste fato. O rompimento da barragem não está confirmado", afirmou o secretário de Defesa Civil do município, Marcelo Silva.
"Chegamos à conclusão de que foi uma cabeça d’água, desencadeando uma enxurrada brusca que trouxe uma grande avalanche de terra, árvores e pedras até as casas que estavam no beira-rio", disse.
Nas últimas 24 horas, choveu cerca de 200 milímetros na cidade, o maior volume observado na estação meteorológica da cidade, que foi inaugurada em outubro de 2002. De acordo com a Defesa Civil, a região ainda tem vários pontos de alagamento.
Os rios Saracuruna, Inhomirim e Capivari e Iguaçu transbordaram, e duas pontes e diversas casas localizadas nas margens foram derrubadas.
A rua Alberta foi completamente tomada pelas águas, e muitas casas no entrono do rio Saracuruna foram invadidas pela lama e desabaram. 
O coronel Robson Melo, comandante do Corpo de Bombeiros de Duque de Caxias, afirmou que "pela amplitude do ocorrido, as consequências até que foram brandas. Poderíamos ter uma tragédia maior caso a chuva não ocorresse durante a madrugada".
Segundo ele os locais mais atingidos do distrito foram Café Torrado, na parte alta do bairro, e a região conhecida como 51, na parte baixa de Xerém, que está praticamente isolada, depois que a Defesa Civil interditou uma ponte danificada no local.
O sambista Zeca Pagodinho está no local para prestar auxílio às vítimas da tragédia.
A prefeitura criou um gabinete de crise para mapear os estragos. Um balanço da situação será divulgado no final da tarde. Em nota, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informou que enviou três equipes para Angra dos Reis, Duque de Caxias e Nova Friburgo para reforçar a organização dos abrigos.
Parte dos desabrigados foi acolhida em igrejas da região. A pastora Esmeraldina Quaresma abriu as portas para oferecer abrigo, alimento e roupas secas aos vizinhos. "A igreja vai ficar com as portas abertas enquanto for preciso. É muito triste", lamentou ela. Entre os abrigados na igreja, estava o casal de aposentados Gilmar e Edna da Silva. Ela ficou ferida e conseguiu escapar por pouco, quando a parede de casa desabou prensando seu corpo.
A secretaria enviou ao local, que abriga aproximadamente 100 pessoas, 100 kits de higiene pessoal.

PESSOAS RELATAM PÂNICO NA MADRUGADA

  • "Acordei com a água no pescoço", diz moradora de Duque de Caxias

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), vai se reunir amanhã com o ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) para discutir medidas emergenciais de combate aos estragos provocados pelas chuvas na região. 


Em Teresópolis, as sirenes foram acionadas em cinco comunidades com a subida do rio Paquequer. Choveu 126,8 milímetros na região desde as 22h de ontem até às 6h de hoje, o que representa 46% de toda a chuva normal para o mês de janeiro na cidade. No total, 50 pessoas ficaram desalojadas.


 Essas catástrofes se repetem todos os anos no Rio de Janeiro, esse é o Estado que desde 2010 vem recebendo verbas dos royalties do petróleo, o governador Sergio Cabral foi o mais beneficiado com os recursos do petróleo brasileiro.




O governo do rio ao defender os contratos já assinados dos royalties, disse que investiu às verbas no desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.

Essas imagens não mentem, e denuncia que esses recursos que o governo do rio vem recebendo desde 2010 quando assinou contratos com o então presidente Lula, não foram aplicados corretamente para evitar essas catástrofes que atingem os moradores do rio todos os anos.


Está na hora dos moradores do Estado do Rio de Janeiro se manifestarem também nessas horas; onde estão os movimentos do artistas cariocas que cobraram à presidente Dilma o veto presidencial contra o projeto que obrigaria a distribuição dos royalties do petróleo.

Todos o anos se repetem às catástrofes causadas pelas chuvas, ou seria pela falta de compromisso do governo com a população do subúrbio do Rio de Janeiro? Os Estados chamados produtores já vem embolsando estes recursos à muitos anos, segundo Cabral afirmou em reportagens vem usando os recursos para às pacificações das favelas, aumento dos quadros de bombeiros e PMs, e seus respectivos salários, ai vem viagens e etc.

E o povo?

Clique no link e veja o vídeo.

Lucio BigVOCÊ SABE QUAL É O GRANDE PROBLEMA DO BRASIL?
Lucio Big·




Royalties do Petróleo: o golpe do 'Estado produtor'
Por Ipojuca Pontes

Por conta de distorções históricas fomentadas a partir da política de má distribuição dos recursos orçamentários entre as unidades da federação, em geral promovidas pelo governo central, instalou-se no País uma briga de foice pelas receitas provenientes da indústria do petróleo. Rio de Janeiro e o Espírito Santo, para continuar na posse exclusiva dos seus royalties, distribuídos a partir de gestão arbitrária do planalto, se arrogam “estados produtores” - e, por conseqüência, legítimos donos do fabuloso ervanário estimado, de início, em algo em torno de R$ 77 bilhões.
     Pois bem. Deixando de lado as distorções orçamentárias impostas pelos caprichos do governo - um insaciável ogro a avançar sobre a grana das unidades federativas -, há de se indagar o seguinte: o Rio de Janeiro e o Espírito Santo são, de fato, “estados produtores” de petróleo - ou não?
     Vamos por partes (como diria o açougueiro). Pelo que é dado a conhecer as jazidas de petróleo são derivadas de substâncias orgânicas que se acumularam a partir da decomposição de organismos fosseis. A teoria mais aceita é a de que, no passado, tal como hoje, as grandes jazidas de petróleo foram formadas por plantas, folhagens, florestas, restos de animais e resíduos mortos, ou seja, a biota das diversas regiões que, pela ação dos ventos e das chuvas, foi levada para o fundo dos lagos e dos mares. Lá, ao longo dos séculos e pela ação de reações geológicas complexas, as substâncias orgânicas foram transformadas em petróleo. No que hoje se tem por Brasil, alguns dos rios que fizeram migrar as substâncias orgânicas para o fundo dos oceanos, seriam tanto o Carioca, do próprio Rio de Janeiro, quanto o nordestino São Francisco, o Amazonas nortista, sem deixar de lado o papel do diminuto Chuí, entre outros.  
     Por sua vez, o fato de se explorar jazidas petrolíferas nas costas da cidade de Campos, por exemplo, não confere ao Rio de Janeiro, lato senso, o direito de se apropriar, majoritariamente, dos royalties do petróleo.
E isto por uma simples razão: reza no Capitulo II da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, que o nosso mar territorial é patrimônio da União, vale dizer, da nação e de todo povo brasileiro.
     Além do mais há nesta arenga uma clamorosa impropriedade, explorada às raias da mistificação pelos áulicos da antiga corte: encarar o Rio como “estado produtor” de petróleo. De fato, quem produz, explora, refina e comercializa em larga escala o nosso petróleo é a Petróleo Brasileiro S/A, Petrobras, empresa de capital aberto cujo maior acionista é a União. Sem esquecer que é com o dinheiro do brasileiro que investe em ações e consome a dispendiosa gasolina, além da grana de investidores estrangeiros, que se explora e produz, em sua quase totalidade, o petróleo e seus derivados no país. Rigorosamente, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo não produzem petróleo algum, sendo, no entanto, beneficiários privilegiados de portentosos gastos da empresa bilionária por meio de pagamento de elevados impostos estaduais, ocupação de milhares de empregos, remuneração milionária de serviços, etc. E como lembrete, não seria excessivo ressaltar que a grande maioria da massa de técnicos e funcionários que ali trabalham é formada por brasileiros provindos dos mais diversos estados da federação. 
     No momento, como pano de fundo da “batalha dos royalties” do petróleo se projeta o seguinte quadro: enquanto o Rio de Janeiro vive sua “Era Dourada” (O Globo, 1/01/2013) escorado segundo dados da Codin em investimentos que somam mais de R$ 47 bilhões (em boa parte destinados a obras de infraestrutura e vertiginoso calendário de eventos e festividades), 3.800 dos 5.564 municípios, espalhados por 24 estados da federação, vegetam na mais completa penúria, carentes de recursos e condições mínimas de sobrevivência, convivendo com  a fome, dor e o abandono.  
     No novo round da batalha dos royalties, anunciado para fevereiro, os políticos cariocas, que se dizem “socialistas e republicanos”, prometem obstruir no plenário da Câmara a votação que reafirma a derrubada do veto presidencial em cima das legítimas pretensões dos demais estados. Na sua voracidade cortesã, eles pretendem empurrar para as calendas a votação da justa divisão dos royalties do petróleo, usando expedientes protelatórios que o regimento da casa tolera.
     No resumo da ópera, os áulicos da ex-corte querem dar, com a mão grande, o golpe do “estado produtor”. Resta saber se  governadores, prefeitos e parlamentares do resto do país vão ficar “quarando à toa”, inertes diante da pretensão excludente e malandra.
     (Visto que no Brasil tudo é possível).
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Um comentário:

Anônimo disse...

Os royalties do petróleo são de direito dos estados produtores, mas acho que deveria ser fiscalizada a aplicação desses recursos.