domingo, 27 de outubro de 2013

A obscuridade dos acontecimentos?

  Às proporções deste tipo de comportamento políticos estão tomando rumos cada vez preocupantes! 
 
 Não adianta a sociedade fechar os olhos  para estes acontecimentos, isso é fato, estão implantando no Brasil uma doutrina audaciosa e muito perigosa, estão jogando polícia contra o povo e toda uma massa contra a polícia.

Quem estaria lucrando com isso?

Todos sabem que o estado de São Paulo está sobre o comando do PSDB, sabemos
 também que o partido do governo nos últimos anos amarga uma derrota insuportável neste cenário político, isso vem deixando por décadas a barba do ex-presidente Lula de molho.

    Lula considera a capital paulista sua casa, e não vai sossegar enquanto não dominar este gigante
  eleitoreiro de um a vez por todas, para isso seu grupo político de atuações não medirá esforços para conceder esta conquista ao guru, ao "papa" do partido dos trabalhadores PT, isso fica preocupante quando táticas obscuras começam a dominar os acontecimentos.

As cenas exibidas nos últimos meses no Brasil vem chamando todos nós para uma meditação!

 Não podemos ficar aquém destes acontecimentos, pois podemos todos nos tornar 
cúmplice desta jogatina desenfreada dos compulsivos políticos  imperioso, não dar para fingir que tudo estar normal no Brasil, fechar os olhos para isso é consentir para tudo que virar em um futuro muito próximo.

Quando tudo isso irá acabar, não dar para ariscar uma resposta, ''o que posso imaginar sem afirmar nada é que estão instigando uma catástrofe política dentro da governabilidade paulistana que possa de uma vez por toda a eliminar o adversário provocando um repudio popular de uma extremidade absoluta no contexto em que tudo indica estão criando dentro deste novo sistema equivocado de domínio", As cenas que estamos vendo nestes dias mostram o quanto estes grupos  sectários do extremismos estão dispostos! Não basta termos ideias precisamos ter coragem para expressa-las, e de certa forma contribuir para o andamento da democracia, antes que consigam acabar com ela.

Estão criando factoides, uma política suicida não adequada para um país democrático, habitado por um povo pacífico e ordeiros.

Devemos nos mobilizar contra este sistema que induz este povo a se projetar na política mundial como lunáticos e covardes, não podemos nos calar e deixar esse grupinho assumir o controle com desordem e vandalismo, um sistema político desproporcional a uma realidade política que se deu inicio com a constituinte de 1988.

Estão querendo um óbito para justificar seu interesses, não somos tapados.

Segue Reinaldo Azevedo.

26/10/2013
às 7:29

Quando os fatos se encarregam de jogar luzes num texto. Ou: Barbárie nas ruas de SP. É a “fúria justiceira dos bons”, incensada por covardes 

Vejam esta foto, de Nelson Antoine ( Fotoarena-Folhapress)          

SP 25-10 1 coronel atacado Nelson Antoine - Fotoarena-Folhapress

       
Nesta sexta, abri assim a coluna que publiquei na Folha: “As ruas, ente divinizado por covardes (…)”. Um leitor mandou uma carta para o jornal e escreveu: “Estreia lamentável a de Reinaldo Azevedo na Folha. Ele usou frases com palavras fortes e ofensivas para não dizer nada e propor lhufas. As ruas são para quem é covarde? Será que ele consegue desenvolver essa ideia? (…)”.
Eu não poderia desenvolver uma ideia que não é minha porque escrevi outra coisa. Não há dúvida de que é covardia o que se vê acima, mas não chamei de “covardes” os que promovem o caos — estes são bandidos, baderneiros, prototerroristas, escolham aí… “Covardes” são os que têm receio — especialmente na imprensa, na política e na Justiça — de chamar esses caras por aquilo que são.
Agora Leiam esta frase:
“Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça”.
A fala é do homem que está sendo agredido, com uma placa de ferro, por um black bloc depois de ter sido cercado e espancado por um bando. Trata-se do coronel Reynaldo Simões Rossi, comandante da região central. Ele teve a clavícula quebrada e foi internado com cortes no rosto e na cabeça. A agressão ocorreu no terminal de ônibus Dom Pedro. O Movimento Passe Livre convocou um protesto, em parceria com os black blocs, e se repetiu a cena de sempre. Vejam esta sequência de fotos.
Bandido ataca terminais de banco no terminal D. Pedro (Marlene Bergamo - Folhapress)
Bandido ataca terminais de banco no terminal D. Pedro (Marlene Bergamo – Folhapress)
Extintor de incêndio e jogado contra vidro do guichê. Seria ele um "ativista" (Fábio Braga - Folhapress)
Extintor de incêndio e jogado contra vidro do guichê. Seria ele um “ativista” (Fábio Braga – Folhapress)
ônibus é incendiado no terminal D. Pedro. Isso é manifestação política (Fábio Braga/Folhapres)
ônibus é incendiado no terminal D. Pedro. Isso é manifestação política (Fábio Braga/Folhapres)
Acima, a truculência do Passe Livre disfarçada de apelo (baixo) poético (Fábio Braga/Folhapress)
Acima, a truculência do Passe Livre disfarçada de apelo (baixo) poético (Fábio Braga/Folhapress)
Depredação no terminal Dom Pedro. Observem o delinquente da esquerda ao celular. deve estar dando ordem à emprega (Marlene Bergamo/ Folhapress)
Depredação no terminal Dom Pedro. Observem um delinquente à esquerda ao celular. Deve estar dando ordem à empregada (Marlene Bergamo/ Folhapress)
A faixa patética. Balck blocs destroem patrimônio público, mas dizem aliados dos trabalhadores (Marlene Bergamo/Folhapress)
A faixa patética. Black blocs destroem patrimônio público, mas dizem aliados dos trabalhadores (Marlene Bergamo/Folhapress)
Retomo
Em nenhum país do mundo, democrático ou ditatorial, uma força policial, atuando dentro dos limites que lhe confere a lei, recebe esse tratamento sem graves consequências. Enquanto a barbárie se instalava em São Paulo, eu participava do “Café Filosófico”, promovido pela CPFL, em Campinas. Fechei o ciclo de debates que tinha como tema as “jornadas de junho”. Nas semanas anteriores, falaram Demétrio Magnoli, Eugênio Bucci e Roberto Romano. Fiz uma intervenção indignada, sim, porque essa é a minha natureza. Eu não sabia o que se passava por aqui. As pessoas que lá estavam e as que acompanharam o evento, ao vivo, pela Internet (mais de 2 mil acessos simultâneos), puderam constatar que esses trogloditas são argumentadores ainda mais convincentes do que eu em favor das minhas teses a respeito.
Louvem-se a coragem e a honradez do coronel Reynaldo Simões Rossi. Mesmo nas circunstâncias mais adversas, teve a energia e a serenidade de pedir que seus homens se contivessem. Ele sabia que uma reação mais dura da tropa transformaria, nas redes sociais e na imprensa, a Polícia em vilã, e os vândalos em heróis de um novo amanhecer, que é como esses bandidos têm sido tratados aqui e ali.
Movimento Passe Livre
Antes da manifestação do dia 13 de junho — duramente reprimida pela polícia — o Passe Livre já havia promovido três outras: no dias 6, 7 e 11. Todas notavelmente violentas. Nesta última, um policial foi covardemente espancado. A PM só reagiu com dureza no dia 13 — com evidência de que essa reação saiu do controle, o que o coronel Raynaldo, mesmo depois de espancado, procurou evitar com a ordem que deu. Lembrei essa sequência no debate de ontem na CPL.
A imprensa, com raras exceções, comprou não exatamente a causa do “passe livre”, mas o espírito da coisa. E o resto a gente conhece. Durante um tempo, não militantes, pessoas comuns, foram às ruas levar as suas reivindicações. O Passe Livre, um movimento de esquerda que diz ser a sua causa um primeiro passo para o socialismo (!), se distanciou dos protestos quando, por algum tempo ao menos, eles se voltaram contra o governo federal também. A extrema esquerda e os baderneiros mascarados expulsaram das ruas os não militantes. Agora, o Passe Livre volta. Sempre atuou, na prática, em parceria com os mascarados. Seus líderes se negam a repudiar a violência.
E volta para tentar, mais uma vez, promover o caos nas ruas de São Paulo. Se não houver uma firme reação da sociedade, em especial do Judiciário, essa gente não vai parar.
Quando decidi mudar o meu texto na Folha, entregue na madrugada de quinta, eu não sabia que o Passe Livre e os black blocs planejavam novas ações de vandalismo. A maioria de vocês já o leu, sei disso. Peço que o releiam a luz dos eventos de hoje, que se deram enquanto as palavras que seguem em azul estavam no jornal.
*
As ruas, ente divinizado por covardes, pediram o fim do voto secreto para a cassação de mandatos. Boa reivindicação. O Congresso está a um passo de extinguir todas as votações secretas, o que poria o Legislativo de joelhos diante do Executivo. Proposta de iniciativa “popular” cobra o financiamento público de campanha, o que elevaria o volume de dinheiro clandestino nas eleições e privilegiaria partidos ancorados em sindicatos, cujas doações não são feitas só em espécie. Cuidado! O povo está na praça. Nome do filme dessa mímica patética: “Os 178 Beagles”.
Povo não existe. É uma ficção de picaretas. “É a terceira palavra da Constituição dos EUA”, oporia alguém. É fato. Nesse caso, ele se expressa por meio de um documento que consagra a representação, única forma aceitável de governo. Se o modelo representativo segrega e não muda, a alternativa é a revolução, que é mais do que alarido de minorias radicalizadas ou de corporações influentes, tomadas como expressão da verdade ou categoria de pensamento.
A fúria justiceira dos bons pode ser tão desastrosa como a justiça seletiva dos maus. Quem estava nas ruas? A imprensa celebrou os protestos como uma “Primavera Árabe” nativa. Nem aquela rendeu flores nem o Brasil é uma ditadura islâmica. Até houve manifestações contra o governo, mas todas foram a favor do “regime petista”. O PSDB talvez tenha imaginado que aquele “povo” –sem pobres!– faria o que o partido não fez em 11 anos: construir uma alternativa. Sem valores também alternativos aos do Partido do Poder, esqueçam.
Há 11 anos o PT ataca sistematicamente as instituições, quer as públicas, quer as privadas, mas de natureza pública, como a imprensa. Dilma ter sofrido desgaste (está em recuperação) não muda a natureza dos fatos. Da interdição do direito de ir e vir à pancadaria e ao quebra-quebra como forma de expressão, passando pela reivindicação de um Estado-babá, assistiu-se nas ruas a uma explosão de intolerância e de ódio à democracia que o petismo alimentou e alimenta. O Facebook não cria um novo ator político. Pode ser apenas o velho ator com o novo Facebook –como evidenciou a Irmandade Muçulmana no Inverno Egípcio.
Em política, quando o fim justifica os meios, o que se tem é a brutalidade dos meios com um fim sempre desastroso. A opção moralmente aceitável é outra: os meios qualificam o fim. Querem igualdade e mais Justiça? É um bom horizonte. Mas será o terror um instrumento aceitável, ainda que fosse eficaz? Oposição, governo e imprensa, com raras exceções, se calaram e se calam diante da barbárie que deseduca e que traz, volte-se lá ao primeiro parágrafo, o risco do atraso institucional.
O PSOL conduziu uma greve de professores contra o excelente plano de carreira proposto pela Prefeitura do Rio. Era a racionalidade contra a agenda “revolucionária”. Luiz Fux, do STF, posando de juiz do trabalho, chamou os dois para conversar. É degradação institucional com toga de tolerância democrática.
O sequestro dos beagles, tratado com bonomia e outro-ladismo pelo jornalismo, é um emblema da ignorância dos justos e da fúria dos bons. Eles atrasaram em 10 anos o desenvolvimento de um remédio contra o câncer, mas quem há de negar que os apedeutas ilustrados têm um grande coração?
Voltei para encerrar mesmo
Esses são os fatos. Esse é o texto.
Por Reinaldo Azevedo                                                        

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