terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A obscuridade dos gestores!


 Nesse post, quero relatar um assunto que me deixa muito constrangido. Sou morador do Distrito Federal, como cidadão de Brasília vou fazer um desabafo, o cenário  preocupante que atravessa a capital federal brasileira, nos leva a uma reflexão, o ano de 2015 inicia-se, sob uma grande turbulência, o Distrito Federal é o coração do país, onde nasce os projetos e decretam-se às leis! 

O ex governador do distrito federal se elegeu pregando o discurso de especialista em saúde, como médico disse que seria o próprio secretário de saúde no período de seu governo. Não foi isso que presenciamos infelizmente!

 Durante o evento do mundial de futebol o governo do distrito federal investiu com muita vontade para que o evento ficasse marcado na história da capital federal, verbas não foi problema para uma ocasião tão sublime,  com uma arrecadação polposa no orçamento do distrito federal,  ajudou a levantar uma Arena fantástica na capital: O brasiliense pode presenciar um espetáculo, atletas do mundo todo passou pelo famoso Mané.

Depois do ponta pé inicial da presidente, não era fácil imaginar que no apagar das luzes, e das festanças, Agnelo teria seus dias escabrosos - a copa do mundo não deixou um legado tão bom quanto o que se esperava, afinal de contas a seleção canarinho nunca havia sido tão humilhada, mas nada era tão mas importante para o atual governador do que os próximos acontecimentos.



A seleção alemã não levou só a conquista do título, levou consigo talvez a única esperança que Agnelo Queiroz teria para vencer as eleições de Outubro de 2014, depois do mundial, o caos foi instalado na capital federal.
E a fotografia mostra a situação que Agnelo o governador médico deixou a saúde pública do GDF, esse é o Hospital de base da capital do Brasil, mulheres esperam para dar a luz à seus filhos, nos corredores é lamentável!

Queiroz foi humilhado nas urnas, o médico não conseguiu passar para segunda fase daquela disputa: Aquele campeonato parecia está caminhando para o então candidato José Roberto Arruda que foi massacrado pela lei da ficha suja, a saída de Arruda não ajudou em nada Agnelo Queiroz, o povo já tinha uma opinião formada. As eleições foi para o segundo turno com dois candidatos inesperados, de última hora o médico experiente e aposentado da política reaparece para disputar o governo da capital federal-   

Jofran Frejat e Rodrigo Rollemberg se encaram nos debates

E deu Rollemberg na cabeça, o povo votaram, e elegeram o governador do Distrito Federal. 

Rollemberg assume o comando do Distrito Federal, e promete priorizar a educação no GDF, com a a posse o novo governador se deparou com a crise financeira, e uma ameaça nos seus projetos! 

As éreas de Saúde e Educação foram sucateadas pelo ex- governador Agnelo Queiroz, segundo a equipe do novo governo, os cofres do GDF estavam vazios e os funcionários de todos os setores sem salários principalmente os quadros de saúde e educação. 

Como honrar as promessas de campanha com os cofres públicos sem dinheiro?



Em campanha o governador falou em prioridade na educação, mas a realidade é outra.
Aos 54 dias de governo de Rodrigo Rollemberg começa a sentir as dificuldades para tirar promessas de governo dos papeis, com um orçamento apertado, o primeiro impasse foi com às principais categorias, funcionários da saúde e educação passaram natal e passagem de ano sem pagamentos e benefícios: o governador teve que tomar medidas nada agradáveis que irritou as categorias, não foram só os funcionários do GDF que estavam e estão sem receber seus salários: terceirizados e prestadores de serviços também estão sem receber desde Outubro de 2014
    
E o impasse se agrava entre Buriti e sindicalistas, as aulas nas redes públicas de ensino começariam no último dia 23/02/2015 mas os professores paralisaram à volta às aulas para reivindicarem os direitos trabalhistas e a promessa do governador de priorização da educação no GDF.

Os profissionais em educação reclamam do governo a medida tomada pelo GDF de parcelamento de férias, abonos e etc..vejam a matéria do Sinpro e suas reivindicações.


Faxina não é reforma: GDF não realizou obras e não pagou o 1/3 de férias
 
No fim de semana que avizinha a data do início do ano letivo deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) divulga novas informações erradas pela imprensa. Em vez de pagar os direitos trabalhistas atrasados da categoria docente e negociar com as lideranças sindicais em reuniões e mesas de negociações, o novo governo usa a mídia para alardear inverdades, repassar “recados” às categorias de servidores públicos do GDF e desinformar a população do DF com notícias erradas.
Na antevéspera da segunda-feira (23), data que dará início ao ano letivo e marcará a primeira assembleia geral da categoria dos(as) professores(as) em 2015, o GDF diz, em matéria publicada na edição deste sábado (21) do Correio Braziliense, que “a situação lastimável das escolas públicas do DF motivou o adiamento do início do ano letivo de 9 de fevereiro para esta segunda-feira” e que “o atraso de 14 dias não foi suficiente para a reforma de 148 unidade de ensino”.
Essa matéria, intitulada “Retorno em meio a obras e publicada na página 19 do caderno de Cidades, não revela a verdadeira razão pela qual o GDF prorrogou o início das aulas para o dia 23 de fevereiro e que nenhuma obra foi realizada. Propositadamente, as obras foram definidas como “invisíveis”. Os(as) professores retornaram ao trabalho na quinta-feira (19) e não viram as obras invisíveis anunciadas pelo secretário de Educação, Júlio Gregório.
O que viram foi apenas uma faxina. As escolas estão sendo faxinadas e não reformadas. Além da faxina, o fato inédito que marcou o retorno das aulas da rede pública de ensino deste ano é que, pela primeira vez na história da Educação da capital do país, professores(as) voltam das férias sem ter recebido o pagamento do um terço de férias.
Nem que todas as escolas da rede estivessem realmente sendo reformadas, o GDF não precisava de ter mexido no calendário construído democraticamente pela comunidade escolar e as aulas poderiam ter sido iniciadas no dia 9 de fevereiro. Desde o momento em que o novo governo instituiu arbitrariamente o novo calendário escolar, a diretoria colegiada do Sinpro-DF tem se antecipado e denunciado os vários equívocos que isso tem causado e ainda irá causar à educação pública do DF.
Um deles é esse adiamento do início das aulas do dia 9 para o dia 23 de fevereiro e a redução dos recessos de meio e de fim de ano. Com isso, os estudantes da rede pública terão aula até a véspera do Natal de 2015 e concluirão o ano letivo na véspera do Ano Novo, dia 29 de dezembro. É por essas e outras que a categoria docente precisa se reunir em assembleia geral logo no primeiro dia do ano letivo. A assembleia está prevista para começar às 10h, na Praça do Buriti, nesta segunda-feira (23).
http://www.sinprodf.org.br/gdf-deixa-para-publicar-lei-da-aro-uma-semana-apos-aprovacao-na-camara/
Ao meu ver, entendo que o governador Rodrigo Rollemberg assumiu uma encrenca das brabas deixada pelo ex-governador Agnelo Queiroz, todavia, acho que parcelamento de salários e benefícios dos professores e trabalhadores das áreas de saúde e educação é complicar ainda mais uma categoria que já vem sendo massacrados por muito tempo, claro! Que abro um "parentese" para salientar que nos últimos quatro anos os representantes se mantiveram "ocultos" diante das possíveis mazelas, tendo em vista que cinquenta e quatro [54] dias de governo de Rollemberg não lhe pode ser imputados qualquer outro descaso com a categoria que não seja apenas as medidas de parcelamentos dos seus "vencimentos."
Lembrando que não se pode jogar na conta do atual governo a situação precárias que se encontram algumas escolas públicas da rede de ensino do GDF.
Espero que o governo resolva esse impasse e tudo volte em sua plena normalidade, são mais de 450 mil alunos impedidos de estudar, que terão com toda certeza seu aprendizado comprometido.

O Sinpro, não pode tirar proveitos politicos da situação atual do GDF para manipular professores contra o atual governador, mas também não podem deixar de exercer o oficio que á muito tivera perdido tanto na escala federal e outrora aqui no governo do GDF. 

Compartilhei esse texto do jovem professor Fernando Sousa, ele expressa com suas palavras o sentimento de muitos mestres da área de ensino o que vem ocorrendo nesta política, esse texto precisa refletir nos responsáveis, culpados ou não, estão para resolver o problema, e não se omitirem da atual situação do ensino público, não só no GDF, mas em todo Brasil. Os professores não podem servir de bode-expiatório de políticos. 
Onde quer que tenha chegado qualquer profissional, dependeram um dia da figura de mestre, de um professor.
 Olá colegas, amigos e amigas.
Vamos esclarecer alguns fatos a respeito da atual situação da Educação Pública do Distrito Federal e a paralisação dos servidores da Educação:
1- Não é só por pagamento. 
1.1- A Secretaria reduziu drasticamente os coordenadores pedagógicos e eles só entrarão em sala após o segundo bimestre. E nem isso é garantia.
1.2 - NÃO houve reformas reais nas escolas. O que não justifica a alteração impositiva do calendário. Estaremos Professores e Estudantes em aula até 29 de Dezembro.
1.3- Não houve repasse do PDAF e nem folha branca tem nas escolas. FOLHA BRANCA!
1.4- O GDF não demonstra a mínima boa vontade que aparece na mídia para resolver nossos problemas.
1.5- O secretário emitiu uma circular suspendendo abonos e TRE's, direitos da categoria que não tem relação alguma com a "crise financeira". Após muitas críticas recuou e suspendeu.
1.6- O governo ao invés de adiantar, atrasou ao máximo o envio da ARO para votação, aprovação e encaminhamento.
2.0 - Chegamos a um ponto de lutar não por melhorias, mas por respeito a nossa figura como professores e professoras (educação nunca foi levada a sério nesse país, mas esse governo faz questão de escancarar e mentir sem culpa). Estamos lutando por direitos básicos, para não perdê-los.
3.0 - Não há greve! Estamos PARALISADOS até a próxima reunião na sexta com o governo e tudo depende da importância que darão a ela.
4.0 - O governo usa a mídia para voltar a população contra nós. Para que ela use o discurso de ódio "eles são folgados" , "reclamam de barriga cheia". Não há abusos no movimento. Ele é justo, legítimo e legal.
Existem três lados. O da EDUCAÇÃO, O DO GOVERNO e a VERDADE.
Estávamos desarmados, de férias, angustiados e o governo nos varreu pra debaixo do tapete. Agora nós somos cruéis? Desafiamos a população, a mídia, os críticos a colocarem a mão na consciência e visitar escolas, ler notícias, comparar e formar uma opinião. Governo tem medo de povo na rua. Como professores e professoras valorizamos o direito de opinião de cada um. Não deixem que o poder dos maiores os estimule a não lutar, a não pensar, a não agir e a se conformar.
Confiamos que o povo está acordado e que juntos somos mais fortes. Busquem A VERDADE e escolham o lado dela.
Infelizmente estamos sozinhos lutando não pelos nossos salários, mas pela EDUCAÇÃO PÚBLICA do DF que é RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS! É com ELA que podemos mudar o BRASIL.
Att
Professor Fernando.
Antônio Borges. 

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