quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

As fases de Lindbergh Farias.



Neste post voltaremos aos anos 90 para relembrar à trajetória de um jovem que despontou no cenário político por ter militado como presidente da UNE" União Nacional dos Estudantes.
Lindbergh ficou conhecido ao liderar os movimentos caras pintadas que deu inicio ao Impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Simpatizante do comunismo por influência de seu pai Luiz Lindbergh Farias - o Jovem se filiou ao Partido Comunista PC do B. 
Aos 21 anos de idade foi eleito, secretario geral da União Nacional dos Estudantes  "UNE" 
Mas foi na Capital Paulista que Lindbergh despontou. Eleito presidente da UNE em 1992: Mesmo ano em que conheceria o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva e teria sua participação consagrada nos movimentos estudantis Nacional.
Lindbergh Farias após eleito presidente da União Nacional dos Estudantes se muda para o Rio de Janeiro onde na liderança dos caras pintadas em 1992 ganhou notoriedade.
Em 1994 foi eleito o Deputado Federal mais votado de esquerda, e em 1997 passou a integrar o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - [ PSTU ].
O jovem envelheceu e teve seus princípios alterados com o passar dos tempos,  muito comum no ser  humano! Tentou se eleger para o governo do Rio pelo seu atual Partido  PT,  e não foi bem sucedido nas urnas. Permanece hoje como senador da Republica e vem se destacando com suas atuações polêmicas no cenário político.

Mudança de postura:

Na base do governo o senador Lindbergh Farias trocou os papeis; classificou os movimentos sociais que estão acontecendo com frequência no país por causa dos últimos escândalos envolvendo a Petrobras de "golpismo"- no seu tempo por muito menos Lindbergh comandou a juventude à saírem às ruas de caras pintadas para pedir o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
reedito texto do jornalista e colunista Reinaldo Azevedo que descreve bem a personalidade do político senador de esquerda Lindbergh Farias. 
29/08/2011 às 5:35

De cara pintada a cara-de-pau

Vejam estas duas fotos:
lindbergh-cara-pintadaAquela pergunta de Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, ainda está muito viva na memória de muitos: “Por que os brasileiros não se indignam” com a sujeirada? Como sabem, articulei uma resposta num longo post, que recebeu, em dois dias, quase 1.100 comentários. Entre as muitas razões que explicam, segundo entendo, o comportamento cordato, passivo, até mesmo caroável, do brasileiro com a corrupção está o fato de que o PT e seus aliados de esquerda privatizaram a sociedade civil: são donos dos sindicatos, das centrais sindicais, dos movimentos sociais, das entidades da sociedade civil, de tudo. Ao contrário: hoje, o que se vê no Brasil são os “protestos a favor”, o que é coisa típica de governos totalitários de esquerda, sejam fascistas ou socialistas.
lindbergh-cara-de-pauMuito bem! No alto, vocês vêem o jovem Lindbergh Faria, então aos 23 anos, presidente da UNE, com a cara pintada, pedindo o impeachment de Collor. Era, então, militante do PC do B. Causava furor nas jovens militantes com o seu stalinismo babyface… Eu queria a queda de Collor e, à época, escrevi um artigo pedindo eleições diretas também na UNE. Fui malvisto, claro! Havia algo de “pseudo” naquele rapazinho. Mas poucos resistem a um rostinho bonito, bem-falante e “progressista”. Tornou-se o “enfant gâté” do impeachment e, dali, saltou para a política. Quem o viu operando como prefeito em Nova Iguaçu, já no PT, garante que ele não tem do que se envergonhar em ter hoje Fernando Collor como companheiro na base de apoio ao governo. Nunca Nova Iguaçu se pareceu tanto com as Alagoas do outro…
Pois bem. O mocinho da cara pintada virou aquela triste figura que se vê na segunda foto — no canto inferior, à direita. Em companhia de Walter Pinheiro (PT-BA) e Delcídio Amaral (PT-MS), Lindbergh foi fazer a sua genuflexão a José Dirceu, em seu cafofo secreto. De volta ao Senado, cumpriu a pauta lá combinada. É claro que, aos 42 anos, ele não tinha de continuar necessariamente fiel às idéias que tinha aos 23. O normal é que se aprenda muita coisa nesse tempo. Não sei se Lindbergh não só deixou de aprender como esqueceu outras tantas ou se, como direi?, lembrou-se de ser fiel às suas origens comunistas e, por isso mesmo, fez-se conviva do gabinete clandestino de um conspirador.
De todo modo, as duas imagens funcionam como um emblema da rendição dos chamados movimentos sociais a um partido político. A UNE, que ressurgiu com a redemocratização, morreu em 2003. O Lindbergh flagrado no corredor do cafofo de Dirceu é uma evidência do renascimento da entidade e de sua morte.
Por Reinaldo Azevedo


 Em um discurso do Senador Cássio Cunha Lima líder do PSDB Partido de Oposição o Senador Lindbergh Farias pediu um aparte para criticar o discurso do colega de oposição.

Lindbergh no seu aparte diz que trata-se de Golpismo o pedido de impeachment  que vem acontecendo nas ruas do país, se contradizendo totalmente do daquele jovem que pregava uma política honesta e social.   

Vejam a mat´ria do G1



Líder do PSDB no Senado discute com petista ao defender impeachment


Cássio Cunha Lima disse que o tema não deveria causar ‘arrepios’.
Lindbergh Farias (PT-RJ) rebateu tucano, falando em minoria ‘golpista’.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

09/02/2015 17h22 - Atualizado em 09/02/2015 19h41
Priscilla MendesDo G1, em Brasília

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), discutiu nesta segunda-feira (9), no plenário da Casa, com o senador petista Lindbergh Farias (RJ) ao defender o debate no país sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para o senador tucano, o tema não deveria causar “arrepios” nos apoiadores da chefe do Executivo. Já Lindbergh falou em “golpismo”.

Durante discurso na tribuna do Senado, Cássio Cunha Lima afirmou que, no último final de semana, houve uma “profusão” de mensagens convocando atos públicos para 15 de março em defesa do impeachment da presidente. Segundo o parlamentar, as manifestações seriam reflexo de uma “grave crise ética sem precedentes” e de um quadro econômico “desalentador”.


“Ao mesmo tempo em que se convocam manifestações para o dia 15 de março, não se pode falar em golpismo quando se pronuncia a palavra impeachment. A palavra impeachment está escrita na nossa Constituição e, portanto, por ser um tema constitucional, não tem de causar arrepio em ninguém”, afirmou o senador tucano.
A declaração provocou reação de Lindbergh Farias, que pediu a palavra para dizer que o PSDB estimula os atos a favor da saída de Dilma Rousseff. Ele lembrou que o partido questionou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o resultado das eleições presidenciais de 2014.
“Não é acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando nesse país, como fizeram com Getúlio, João Goulart. Estimuladas, sim, pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final”, ressaltou o senador do PT.
“Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo! Não me venha comparar momentos que não têm nada a ver na história. Aqui, é grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado”, completou Lindbergh.

Em meio à discussão, Cunha Lima disse que, durante a celebração dos 35 anos do PT, na última sexta-feira (6), o partido perdeu a oportunidade de fazer um “mea-culpa”, um “pedido de desculpas ao povo” porque falta “senso crítico” à legenda.
Em nova entrevista ao jornal o Globo o Senador se coloca contra às medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff e critica medidas adotadas pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy
 "O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou a presidenta Dilma Rousseff (PT) pela edição das medidas provisórias (MPs) incluídas no pacote de ajuste fiscal que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego. Em entrevista ao jornal O Globo, o petista disse que a presidenta dialogou pouco sobre o assunto com a sociedade e deu um “tiro no pé”. “Vai ter um reequilíbrio fiscal? Tudo bem, mas não pode ser dessa forma, com o trabalhador pagando a conta”, declarou o senador à repórter Fernanda Krakovics. “A gente está dando um tiro contra nossas bases sociais, contra a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o movimento sindical. Esse povo é que sai em defesa do governo”, acrescentou.
Segundo o senador, a bancada do PT no Senado vai propor alterações nas medidas provisórias e sugerir ao governo que adote outras ações para reequilibrar as contas, como o fim da isenção sobre lucro e dividendos de ações e cotas de empresas. Para ele, o ajuste fiscal deve ser feito sem comprometer bandeiras históricas do partido.
Lindbergh disse que a bancada está muito preocupada com o clima político no país e que setores da oposição flertam com “posição claramente golpista” ao defenderem o impeachment da presidenta reeleita.
Quarto colocado na disputa ao governo do Rio de Janeiro, o petista não recebeu o apoio de Dilma na eleição de 2014. Mas afirma que trabalha para que o segundo governo dela dê certo. “Eu quero que o governo dê certo, por isso estamos tratando aqui como aliados. É necessário virar o jogo. A pauta do jeito que está nos coloca na defensiva política”, disse o senador ao Globo.
Publicadas em dezembro, as Medidas Provisórias 664 e 665 modificam regras de acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. Aumentam o rigor para a concessão do abono salarial, do seguro-desemprego, da pensão por morte e do auxílio-doença. O governo estima que essas medidas vão resultar em uma economia anual de R$ 18 bilhões. Mas as centrais sindicais e o próprio PT criticam essas mudanças. Ontem Dilma ouviu cobrança de representantes das centrais sindicais. Uma resolução aprovada no fim de semana pelo PT também cobrou coerência da presidenta, que, durante a campanha eleitoral, afirmou que os direitos trabalhistas não seriam modificados “nem que a vaca tossisse”.
Leia a entrevista de Lindbergh ao Globo

Antônio Borges:

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