terça-feira, 3 de setembro de 2013

Qual o problema?


Saúde publica 

Qual é o problema com os médicos cubanos? São profissionais muito bem preparados, a ilha de "Fidel" têm ótimos médicos...o problema não seria o despreparo destes médicos! A questão aqui é outra. 


O descaso: O problema aqui é esse, não precisam importar médicos!


Más se, são bem vindos!

O problema que afligem nosso país em todos os seguimentos é a falta de vergonha na cara dos nossos gestores, em todos os setores públicos se estalou pessoas de má índole, funcionários que não tem responsabilidade nem tão pouco compromisso com o bem publico.
  
26/06/2013 Luiz Orlando Carneiro, Jornal do Brasil

  STF decreta prisão de deputado de Rondônia

  Ele era acusado de crimes de formação de quadrilha e desvio de dinheiro público










 Em junho de 1999, o procurador-geral de Justiça de Rondônia ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça estadual contra Natan Donadon, então diretor financeiro da Assembléia Legislativa de Rondônia, e outras seis pessoas, entre as quais o presidente da Assembléia, Marcos Antonio Donadon, irmão de Natan. A denúncia foi acolhida pelo TJRO em novembro de 2002. Os réus foram acusados de desvios praticados, “reiteradamente, ao longo de dois anos e meio, no período de 31 de julho de 1995 a 19 de janeiro de 1998, por meio de contrato entre a empresa MPJ e a Assembleia.”  Em decorrência  desse contrato fraudado, a assembleia emitiu em favor da MPJ 140 cheques com o pretexto de pagar por serviços publicitários  Os cheques totalizaram R$ 8,4 milhões, em valores daquele período.
Apesar de devidamente citado, Natan Donadon não compareceu ao seu interrogatório, motivo pelo qual foi decretada sua prisão preventiva e, posteriormente revogada, tendo em vista sua posse como deputado federal. A primeira instância – 3ª Vara Criminal de Porto Velho (RO) -determinou o desmembramento dos autos com a remessa do processo, somente em relação a Donadon, ao Supremo – tribunal competente para processar e julgar o parlamentar federal.
A safadeza dos gestores públicos brasileiros não polpam nem suas próprias mães!

Somos todos brasileiros mas os "políticos e funcionários públicos" esquecem disso...A ambição sempre fala mais alto, e estão disposto à tudo para enriquecerem ou faturar um pouco mais, tudo para satisfazerem seus egos.

Na política tudo caminham na mesma ideologia revolucionárias do proletariado; consciência própria e social.. a briga pelo domínio do sentimento de poder superam às razões pelas quais um gestor deveria se dedicar para o melhor desenvolvimento do estado, aqui no Brasil é assim uma força desequilibrada se apoderou do sistema para perpetuarem aquilo pelo qual eles mesmo acreditam estarem certos, para isso serve qualquer medidas ou simplesmente o fato de estarem dominando, os desprovidos tornaram-se especie de curinga à serem usados na hora "H", como um simples cala- boca! A historinha dos médicos cubanos veio à calhar em um momento de colapso intelectual do atual governo para resolver questões internas, porém sempre há o palpite daquele intelectual oportunista que joga na surdina para embrenhar suas convicções em um sistema de governo dito esquerdistas, não se pode esperar de um sistema que pensa em torno de um poderio valendo-se da desgraça de sua própria gente, tudo indica que às políticas de desenvolvimento da saúde brasileira criadas pelos nossos universitários engavetaram-se.

Nota-se claramente que essa questão dos médicos cubanos não são apenas pelo fato de resolverem os problemas de carência dos rincões e periferias brasileira, mas algo maior e muito bem planejado está sendo feito, e como sempre manipula-se pessoas como fazem os grandes ditadores, ainda assim com a admiração de muitos e sobre tudo os mais necessitados.


Corrupção:

    Esse é o mais grave dos problemas do nosso belo país.
A corrupção empobrece o povo brasileiro que fica a mercê dos aventureiros. 
                                                                                          
Aventureiros esses que tem como único e exclusivo objetivos engordarem suas contas poupanças, e aumentar cada vez mais seu patrimônios.





Este sistema se tornou o câncer da Nação...empobrecem uma massa, tirando-os, direito a educação de qualidade, saúde segurança e de conquistas, para se projetarem como líderes absolutos. 






Leiam a carta de uma profissional da saúde indignada!

Anônima:

"Tudo que uma médica BRASILEIRA, que trabalha no interior, quer falar pra "Presidenta" hoje:

Dilma, deixa eu te falar uma coisa!
Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.

Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

Você sabe o que é puxadinho?
Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida ( não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...

Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...

Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De sepse, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!

O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha!

Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Quer um conselho?

Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!

Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!"



Uma carta aberta:


Enviado em 01/09/2013 às 20h39

Revalida para todos!

DIÁRIO DA MANHÃ
MARCUS ANTONIO BRITO DE FLEURY JUNIOR


"Essa questão dos médicos cubanos perdeu o viés científico estabelecido pelo revalida e tornou-se uma briga ideológica.  É justamente aí  que está o perigo, afinal, tanto esquerda quanto direita, quando estabelecem suas contaminações a temas que deveriam ser discutidos dentro de parâmetros científicos, geram estigmas e formam preconceitos, escancarando através da ausência de ética e princípios norteadores do respeito, o que as elites realmente pensam e como agem quando contrariadas.
Defendi,  até o último momento, a utilização dos instrumentos existentes para que pudessemos conhecer a capacidade técnica dos profissionais que estão chegando, entretanto, esse governo, como todos que por esse país passaram, pouco se importa com o contexto científico, utilizando medidas superficiais a toque de caixa, como se as mesmas fossem a grande solução para a saúde pública no Brasil. Agora que o governo em sua decisão arriscada trouxe esses profissionais em medicina da família, cabe a cada um de nós acompanhar os resultados e as consequências, não esperando nem o bem, muito menos o mal, pois, para a ciência, esses parâmetros pouco importam, sendo o imprescindível, a aplicabilidade da técnica e sua eficácia em relação as demandas existentes.
A questão dos médicos estrangeiros esbarra em questões de incompatibilidade quanto a grade curricular exigida pelo próprio MEC, bem como, a carga horária , além, é claro, de questões demasiadamente obscuras que vão dos processos de formação dos médicos, até mesmo, a critérios adotados pelos governos dos países de origem  para o envio de tais profissionais ao Brasil. Que são especialistas  em medicina da família, isso não resta dúvida, mas, a qualidade profissional, a técnica e a experiência clínica são imprescindíveis para uma atuação eficaz. Essa sim, é  a questão de elevada complexidade, não essa fobia ideológica que insiste ainda em contaminar a opinião pública, afinal, a direita histérica e a esquerda "neurastênica", em suas ruminações, acabam gerando o mesmo conteúdo vazio e desnecessário.
Cabe a cada um de nós cobrar e fiscalizar a atuação desses profissionais em medicina que por aqui chegaram, afinal, um outro aspecto preocupante, também é o baixo salário que receberão, pois, seus pagamentos estão subordinados a bondade do governo dos irmãos Castro que definirão quanto suas famílias merecem ganhar; outro grande erro do governo brasileiro frente ao acordo firmado com a Opas. Sabemos muito bem que um profissional mal remunerado sempre perde muito em eficácia e estímulo, imagine um médico que mal sabe quanto receberá ao final do mês.
Tal projeto, mesmo que necessário, em virtude da defasagem de profissionais no interior do Brasil é ao mesmo tempo arbitrário, desconsiderando os critérios de avaliação do conhecimento para o exercício da medicina, que deveria ser uma exigência a todos os profissionais médicos, estrangeiros e brasileiros, há muito a ser aprimorado, no entanto, há muito a ser observado pelos que serão pacientes desses profissionais, cabendo-lhes a responsabilidade em relatar, e se necessário for, denunciar o que possa não  estar indo tão bem assim,  evitando as práticas e condutas inadequadas que tanto vemos aqui no Brasil.
Evitando a leviandade, bem como,  a contaminação ideológica, é bom  que nos lembremos da qualificação dos médicos recém-formados no Brasil, entre 2005 a 2011, quando foram aplicadas avaliações que mensurariam a aptidão para o exercício profissional.  No site do Cremesp, especificamente, http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=2570,  apontam que, nesse perído, foram avaliados 4.821 profissionais em medicina, sendo 46,7% considerados inaptos ao exercício profissional. Então perguntamos: Onde estao esses profissionais reprovados pela avaliação do Cremesp? Voltaram para as academias para aperfeiçoarem-se? Não!  Estão por aí, espalhados sabe-se lá por onde, certamente, boa parte não está nos rincões do nosso país, isso é fato.
Não há como discutir propostas de saúde contaminadas “com achismos” , nem mesmo, com a ilusória pretensão ideológica. É necessário  cientificidade e bom-senso para que possamos definir e ampliar o debate tão necessário para a consolidação de um programa de saúde pública, entretanto, sempre adequadas a critérios técnicos, sem é claro, atroplear a própria legislação, mas, adequando-se à mesma. Penso, em relação  ao Revalida, que não somente estrangeiros deveriam fazê-lo, mas, todos os profissionais de saúde deveriam ser submetidos ao mesmo, afinal, se o conhecimento é a referencia para a atuação profissional, e se as academias de medicina são tão eficazes, os que estiverem aptos serão aprovados, caso contrário, aperfeiçoam-se e voltam a tentar numa próxima ocasião. O que não dá é submetermos a população a mãos despreparadas  pautadas por condutas pouco eficazes."
(Marcus Antonio Brito de Fleury Junior, psicólogo; coordenador – Ateliê de Inteligência)

Mais Médicos



Presidente afirmou em entrevista à rádio mineira que os cubanos "têm estatuto próprio" e que a forma de pagamento é 'diferente dos demais'

Presidente Dilma Rousseff em cerimônia do FIES, em São Paulo
Presidente Dilma Rousseff: queixas contra 'preconceito' à chegada de médicos cubanos (Nacho Doce/Reuters)



A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que existe um "imenso preconceito" no país contra a chegada de cubanos para atuarem no programa Mais Médicos. Segundo Dilma, os cubanos "têm estatuto próprio" sobre o recebimento de salários, que não serão pagos diretamente aos profissionais.
"É um imenso preconceito esse que a gente vê sendo externado contra os médicos cubanos", disse Dilma em entrevista à Rádio América, de Belo Horizonte (MG).
A presidente também ressaltou que a forma de pagamento dos cubanos "é diferente dos demais", mas que os familiares deles receberão o pagamento em Cuba. O convênio do governo federal é intermediado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Segundo Dilma, o valor da bolsa "salário" será de 10 000 reais por mês. O governo brasileiro estima que os cubanos possam receber de 2 500 reais a 4 000 reais, porque o restante será retido pelo governo cubano.
Os cubanos que estão em treinamento em Brasília têm restrições de convívio e receberão pagamento indireto.
Além da bolsa de 10 000 reais mensais, os médicos estrangeiros também receberão uma única bolsa em caráter de ajuda de custo: serão 30 000 reais para os que forem deslocados para regiões de fronteira na Amazônia e 20 000 reais para os que trabalharem no semiárido do Nordeste.

Cuba Libre

27.08.2013   Élison Santos

"Ver estudantes de medicina brasileiras vaiando os pobres cubanos que chegam ao país é da mesma forma desconfortante. Os médicos cubanos merecem nosso respeito, nossa acolhida e talvez até precisarão de nossa caridade













 
"Os norte-americanos ajudaram Cuba na sua luta pela independência da Espanha no final do século XIX, aliás foi nesta época que surgiu o drink Cuba Libre, uma mistura de coca-cola com rum, provavelmente inventada por um militar americano, depois disso os EUA temeram Cuba durante a Guerra Fria por sua aliança com a União Soviética, e após a queda do muro de Berlim a pequena ilha tornou-se um dos poucos símbolos do comunismo em todo o mundo. Cuba é a nação mais retrógrada do Ocidente, é o exemplar mais fiel de como as ideologias extremistas são sufocantes e desumanas. Dos seus 11 milhões de habitantes, muito possivelmente os que não sonham ou não sonharam em deixar a ilha são os que nunca tiveram acesso a informações de como é o mundo fora dela. Embora muitos políticos brasileiros elogiem a ditadura dos irmãos Castro, a grande verdade é que o povo cubano é prisioneiro de seu próprio país. 

A decisão do governo brasileiro em fechar um negócio bilionário comCuba às custas de seus médicos que viverão em regime quase que escravo no Brasil é um golpe na bela imagem que o Brasil construiu durante muitos anos em suas relações internacionais. Pelo pouco que conheço das mentes brilhantes que fazem parte do Instituto Rio Branco e do Itamaraty, o clima em Brasília deve ser de total desacordo com a decisão do governo. 

Ao ver a foto de milhares de médicos todos de branco e com uma mochila verde sobre a mesa, todos iguais, como sempre deve ser em um bom regime socialista, esperando para serem enviados para o Brasil, não pude conter as lágrimas em meus olhos. Não é exagero. Penso nos milhares de médicos brasileiros que são livres para decidirem se o que o governo paga é bom ou não, se querem ou não ir para algum lugar para exercerem sua profissão, enquanto que estes quatro mil cubanos não têm alternativa, para eles a vida em Cuba não é boa, vir para o Brasil para receber dois mil e quinhentos reais é a melhor opção que eles têm. 

Ao saber que eles só poderão ter acesso ao dinheiro quando retornarem ao país para que não abandonem o programa e que seus familiares não poderão vir com eles, me recordo dos muitos jovens, homens e mulheres, que se tornaram totalmente dependentes do regime nazista durante a Segunda Guerra e me pergunto: Para onde vai o Brasil? Ao final das contas o que o Brasil quer ser? Um representante da libertação cubana? Mas, hoje, não são outros países que exploram a pequena ilha, mas seus próprios líderes.

Digamos que daqui um ano acontecerá um congresso de médicos em um dos resorts do literal nordestino, oscubanos serão convidados? E se forem, como se sentirão diante dos médicos brasileiros? Talvez, durante um jantar se sentirão envergonhados por não poder pagar uma bebida sequer, será que surgirá então o Bolsa Cubanos? Muito provavelmente um representante do governo surgirá com a ideia de um novo drink que represente a ajuda do Brasil a Cuba, uma mistura de Guaraná com Rum, talvez até queira dar um nome bem original a esta bebida, talvez, quem sabe, vá chamá-la de “Cuba Libre”! 

O Governo de Cuba embolsará mais de 60% dos salários dos médicos que enviar ao país, além de mantê-los totalmente prisioneiros e dependentes de suas decisões, exatamente como aqueles chineses que têm seus passaportes presos pelos empresários que os trazem para o Brasil para trabalharem durante um ou mais anos com um salário de miséria, ou os bolivianos, ou outros tantos que fazem isso por baixo dos panos. A grande diferença é que com os cubanos tudo será por cima dos panos e com a chancela do governo brasileiro. 

Paralelo a isso, ver estudantes de medicina brasileiras vaiando os pobres cubanos que chegam ao país é da mesma forma desconfortante. Os médicos cubanos merecem nosso respeito, nossa acolhida e talvez até precisarão de nossa caridade! As vaias devem ser dirigidas para os que se preocupam com as eleições e o poder, para aqueles que se negam em investir na educação da forma que o Brasil precisa, aqueles que são capazes de burlar as leis trabalhistas e os tratados internacionais para fazer com que suas ideologias de poder sejam cada vez mais impostas ao povo brasileiro. Sim, minhas lágrimas se transformaram em protesto!"


Médicos cubanos no RS. Um depoimento28.08.2013 

 A saúde, quando eficiente, se manifesta em linguagem universal, todos acabam entendendo, não importa se é formatada por cubanos, brasileiros ou canadenses


"A saúde, quando eficiente, se manifesta em linguagem universal, todos acabam entendendo, não importa se é formatada por cubanos, brasileiros ou canadenses. Até porque os pacientes somos todos, inclusive os médicos. O momento atual atesta que se precisa rever o SUS, a partir da saúde e não da doença", afirmaJosé Alberto Wenzel, ex-secretário de Saúde de Santa Cruz do Sul, RS, no artigo "Uma experiência local", publicado pelo jornalZero Hora, 27-08-2013.
Referindio-se à presença de médicos cubanos no município, ele testemunha: "Foi uma reviravolta no sistema de atendimento básico à saúde. Em determinada ocasião, se pretendeu transferir um dos médicos cubanos para outra unidade do PSF, hoje seria ESF,Estratégia de Saúde da Família. Tivemos que manter o médico em sua unidade original, tal foi a manifestação de apoio da população, exigindo sua permanência. Noutra ocasião, tivemos alguns problemas com a manutenção de um deles, tanto que tivemos que tomar as providências cabíveis".
Eis o artigo.
Palácio de Convenções de Havana estava lotado. Era o dia 28 de novembro de 1997, data de encerramento do 6º Seminário Internacional de Atenção Primária de Saúde. O tema do evento Salud para Todos en Cuba, falava por si. Profissionais, gestores, gente de muitos países, haviam passado quatro dias trabalhando saúde pública básica e preventiva.
Convidados a conhecer unidades do Programa de Saúde da Família, visitamos um posto onde o médico também residia. Cada morador da área de abrangência do posto estava identificado em fichas, onde constavam os dados pessoais, familiares, laborais e sua situação de saúde, bem como os procedimentos que vinham sendo adotados, ou seja, havia um prontuário, que era atualizado a cada visita do médico, enfermeiro e equipe responsável por aquele quarteirão.
De volta a Santa Cruz do Sul, não se teve dúvida. Foi instalado o Programa de Saúde da Família (PSF), que já se organizava e implantava em algumas cidades brasileiras. Entre as dificuldades, surgiu a questão dos médicos. Era necessário disponibilizar à população adstrita à Unidade Básica de Saúde da Família um médico, enfermeiro e equipe de agentes de saúde, em turno de oito horas diárias, com visitação efetiva às famílias. Alguns médicos se disponibilizaram, mas foi necessário buscar outra alternativa: contratamos dois médicos cubanos, pagos nos mesmos termos que os demais médicos locais.
Num primeiro momento, surgiram as dificuldades comuns, como alugar casa, arrumar avalista, enfim instalar os profissionais e integrá-los à comunidade. Como haviam passado por Brasília, já vinham com a condição de atuação temporária validada.
Foi uma reviravolta no sistema de atendimento básico à saúde. Em determinada ocasião, se pretendeu transferir um dos médicos cubanos para outra unidade do PSF, hoje seria ESFEstratégia de Saúde da Família. Tivemos que manter o médico em sua unidade original, tal foi a manifestação de apoio da população, exigindo sua permanência. Noutra ocasião, tivemos alguns problemas com a manutenção de um deles, tanto que tivemos que tomar as providências cabíveis.
O que ficou desta experiência em Santa Cruz do SulPrimeiro, que o programa exige o trabalho em equipe, formada por médico, enfermeira, agentes comunitários de saúde e outros profissionais julgados necessários à determinada comunidade. Segundo, há que se dotar a unidade de atenção básica da estrutura adequada.Terceiro, nenhuma unidade funciona como uma ilha, há que integrá-la ao sistema de saúde. Quarto, o sistema não é apenas de abrangência nacional, estadual, intermunicipal; ele precisa ser operado resolutivamente dentro da estrutura local, envolvendo a unidade básica, as especialidades, urgências, hospitais e demais instituições ligadas à área. Por fim, a saúde, quando eficiente, se manifesta em linguagem universal, todos acabam entendendo, não importa se é formatada por cubanos, brasileiros ou canadenses. Até porque os pacientes somos todos, inclusive os médicos. O momento atual atesta que se precisa rever o SUS, a partir da saúde e não da doença

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