quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dilma demite e elogia o Ex-Ministro.

Veja o excelente artigo do pioneiro jornalista Carlos Chagas

 O que você faria com seu funcionário se ele fosse denúnciado por algum delito, más não tivesse provas contra ele? A presidenta Dilma Rousseff afastou o Ministro Orlando Silva do cargo mesmo achando que ele vinha fazendo um trabalho Excepcional! O seu companheiro de partido "PCdoB" Deputado federal Aldo Rebelo que ficou responsável pela pasta também assume fazendo declarações e elogios. 

 Se o atual Ministro Aldo Rebelo e a presidenta Dilma Rousseff considera inocente o Ex-Ministro Orlando Silva quem teria arquitetado todo o esquema envolvendo as ONGs? Se ouve corrupção no Ministério dos Esportes, quem respondera por toda maracutaia dentro do Ministério? 

Agnelo Queiroz, Orlando Silva e João Dias ambos filiados ao "PCdoB, Em entrevista no programa "Canal Livre" da TV Bandeirantes no Domingo dia 31/10/2011 O Ex-Ministro falou sobre sua demissão do Ministério dos Esportes e fez um desafio. {Eu desafio qualquer um que estiver envolvido fazer o que eu fiz, eu abrir meus sigilos bancários e telefônicos} Orlando Silva saberia alguma coisa à mais? Será que ele vai ter coragem para relatar como encontrou o Ministério?

Acompanhe o texto de Carlos Chagas.


ENTÃO, POR QUE SAIU?


"Por Carlos Chagas


"Certas coisas, só no Brasil, onde tudo pode acontecer, segundo mestre Gilberto Freire, para quem o Carnaval ainda acabaria caindo numa Sexta-Feira Santa. Espantou-se quem assistiu a solenidade de posse de Aldo Rebelo e, depois, a transmissão do cargo por Orlando Silva. Tanto no palácio do Planalto quanto no ministério dos Esportes, o ex-ministro foi a figura central.

A presidente Dilma Rousseff, discursando, lamentou a saída e disse perder um colaborador excepcional. Aldo Rebelo foi adiante, acentuando ser o antecessor uma vítima inocente. Renato Rabelo falou em campanha sórdida. Funcionários lembraram ser o ex-ministro um cidadão maravilhoso e espetacular.

Ora bolas, então por que Orlando Silva saiu? Ele mesmo, nas duas solenidades, exaltou a própria inocência. Recebeu emocionado abraço de Dilma, cumprimentos efusivos do sucessor e calorosos apertos de mão de todos os ministros presentes.

Não teria sido mais lógico que permanecesse, acrescendo que até o seu partido, o PC do B, mereceu loas generalizadas da presidente e dos demais presentes? São fenômenos que a vã filosofia não explica.


UM BOM COMEÇO

Noticiou-se que 2.670 ONGs tiveram suspensos seus contratos com o governo, devendo suas atividades passar por rigorosa investigação. O valor total dos convênios agora interrompidos chega a 2 bilhões e 400 milhões. Os serviços prestados pelas entidades são variados, voltados para a juventude, uns, para o ensino, outros, mas muitos apenas de fachada, criados por partidos e grupos políticos na esfera de diversos ministérios, apenas para irrigar as contas bancárias de seus dirigentes e das legendas a que pertencem. Não escapa um partido, sequer, da base parlamentar do governo. Assim como nos tempos de Fernando Henrique quem mamava nas tetas do tesouro nacional eram o PSDB, o DEM e afins.
Vale repetir, melhor oportunidade não há para uma revisão completa da mecânica das ONGs. Porque se elas se intitulam não governamentais, deveriam buscar recursos na iniciativa privada, jamais no governo.

OS SETE
Falta agora a presidente Dilma nomear os sete integrantes da Comissão da Verdade que durante dois anos investigarão os crimes e abusos praticados contra os direitos humanos durante o regime militar. Não será fácil a seleção, partindo-se do princípio da exclusão óbvia de pessoas ligadas aos dois lados da questão: nem aqueles vinculados aos governos militares, nem os que de forma ostensiva extrapolaram na luta contra os então detentores do poder. Pode ser que o palácio do Planalto venha a se voltar para entidades da sociedade civil, tipo OAB e ABI, pedindo-lhes a indicação de representantes.

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